segunda-feira, 25 de abril de 2011

OFICINA DE ESCRITA



A MISSÃO DE ALTER

Em pleno futuro, no ano 2342, no planeta Terra, a tecnologia era muito avançada, pois os carros não consumiam gasolina, mas sim energia solar, as portas das casas abriam com impressão digital, as pessoas andavam com chapéus com função de painéis solares que lhes davam a energia necessária, pois estes não plantavam os seus alimentos e ninguém se deslocava para a escola, pois esta era feita pela internet e também era comum a todas as pessoas.
Nesse planeta, havia um rapaz chamado Daniel. Este era uma pessoa amiga, forte, alegre, bonita, bondosa, determinada e bastante curiosa, que trabalhava em missões espaciais.
Um dia, o capitão das missões espaciais ordenou a Daniel que partisse para o espaço, em busca de Marte.
E assim foi, Daniel, o capitão e outro astronauta, que era uma pessoa distante, rancorosa, isolada e maldosa, mas que se fazia passar por uma pessoa diferente, foram pelo espaço, numa nave, em direcção a Marte.
Quando chegaram ao seu destino, repararam que este planeta não podia ser Marte, mas sim Alter, que era o planeta da desordem, onde as pessoas andavam sempre atrasadas, as casas não estavam arrumadas, as ruas estavam sempre cheias de lixo, ninguém se entendia e todo o planeta estava dominado por uma doença que se chamava Gripe Vermelha. As pessoas que a apanhavam ficavam cheias de manchas vermelhas e podiam mesmo morrer.
Neste planeta, o Daniel e o Bernardo, o outro astronauta, ficaram muito amigos. Ambos se entreajudavam nas explorações e na elaboração de pesquisas.
Esta missão era apenas de um dia, mas como a nave se estragou, tiveram de ficar mais tempo no planeta.
Um dia, os dois astronautas tiveram de trabalhar numa pesquisa mineral e Daniel começou a estranhar o comportamento de Bernardo, que lhe estava sempre a tirar as pesquisas, a tratá-lo mal e a dizer mal dele ao capitão.
Daniel começou a afastar-se desta amizade, pois começou a ver Bernardo roubar os minerais que eram recolhidos nas explorações e este a incriminá-lo do mesmo.
O capitão, contudo, começou também a incriminar Daniel e a ficar do lado de Bernardo.
A função de Daniel era, portanto, revelar o verdadeiro Bernardo e conduzi-lo à bondade.
Então, um dia, Daniel, mais uma vez, explicou ao capitão o que se estava a passar. O capitão ficou surpreendido com a coragem de Daniel e ficou atento ao comportamento de Bernardo.
Nesse mesmo dia, Bernardo começou a dizer mal de Daniel, mas o capitão, como estava ali perto, acabou por ouvir a conversa dos mesmos.
Bernardo ficou intimidado e acabou por se render.
O capitão resolveu dar a missão a Daniel, deixando Bernardo de fora.
Daniel começou a ser o melhor astronauta, o que deixou o seu rival muito transtornado e furioso, acabando por prejudicar novamente o trabalho de Daniel, que já estava farto da situação e, por isso, resolveu ir falar com Bernardo:
- Bernardo, porque és má pessoa? Porque é que não queres ser meu amigo?
Este ficou imóvel, sem responder e com medo do que poderia acontecer. Acabou por responder:
- Eu quero ser teu amigo, mas nós somos muito diferentes!
Daniel pensava que Bernardo era uma pessoa diferente, mais egoísta, mas era, no fundo, uma boa pessoa com as suas teimosias. Ficou sensibilizado e foi falar com o capitão, para este devolver o lugar a Bernardo.
O capitão concretizou o pedido de Daniel e ambos voltaram a fazer as pesquisas juntos.
Enquanto faziam as explorações, Daniel começou a notar manchas vermelhas no corpo de Bernardo. Este estava totalmente afectado com a doença deste planeta. Não havia solução, Bernardo acabou mesmo por morrer.
Daniel ficou muito triste, pois acabara por perder o amigo. Também ele não poderia permanecer naquele planeta, pois estava sujeito a morrer com a mesma doença.
Depois disto, Daniel e o capitão acabaram por voltar para o seu planeta, a Terra, onde explicaram a missão e as explorações que haviam feito.
Existe sempre alguém que consegue mudar, mas, por vezes, é tarde, pois a morte pode chegar.

Ana Almeida e Daniela Alvarinho

Sem comentários:

Enviar um comentário