terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Abyssus Abyssum, mais um final alternativo


(…) A sua vida em risco por uma simples acção de desobediência.
- Quem nos acode! Socorro! -disse o Manuel.
- Nós arrependemo-nos de todos os pecados e injúrias que fizemos! De todas as trapalhices e coisas más que praticámos! – citou António com a alma aos gritos.
Nesse momento, o barco embateu contra uma rocha e os rapazes, com a dura verdade a atravessar-lhes a alma, desmaiaram de dor. A estrela feiticeira, mais brilhante do que nunca, mudou a corrente da morte para a corrente da salvação, do desespero para o alívio. De manhã, os rapazes, mais vivos que nunca, olharam para a abóbada celeste e sentiram calmaria, alegria e alívio. Num último olhar, viram que a única estrela no céu não era o Sol, mas sim Vésper, a deusa da vida e da morte, rainha do Universo e para lá do que existe. Cansados, tentaram não adormecer, mas o corpo, e não a alma, levou a melhor. Passado algum tempo, ouviu-se uma voz ensurdecedora:
-Manuel, meu querido, e António, meu bebé! Acordem! Não me deixem sozinha neste mundo de dor!
Os rapazes reconheceram a voz, e por milagre acordaram:
-Mamã, perdoa-nos por tudo o que fizemos. -disse o António cheio de dores.
-Nunca mais me façam isto! – disse a mãe, abraçando-os fortemente.
-Juramos que nunca mais acontece.
Esta é a historia do António e do Manuel.

“Claro que isto nunca mais vai acontecer.
Não nos tempos de hoje,
não nos tempos que correm.”


Nota: O texto em itálico foi retirado de Rapaz do Pijama às riscas, de John Boyne


Texto de Pedro Latas, 7ºE

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